Saudações GOPBenses,
“O homem ingressa na maçonaria para, em
seu seio, aprender a ser justo, solidário e assim trabalhar para tornar feliz a
humanidade”. (Antonio do Carmo Ferreira)
O que é um Maçom? Podemos dizer que é um
cidadão integro iniciado na Maçonaria.
Ao ser recepcionado em uma Loja justa e
perfeita o homem se compromete a observar alguns deveres, como por exemplo:
defender e assegurar a plena liberdade de expressão e de pensamento como
direito fundamental do ser humano, exigida a correlata responsabilidade e
considerar Irmão todos os Maçons, independentemente de suas raças, nacionalidade ou crença.
Volto a questionar: cumprindo estes dois
encargos faz do admitido um verdadeiro
Obreiro da Arte Real? Na minha humilde opinião não!
Nas Constituição das Obediências
brasileiras temos que é atribuição de todo iniciado nos majestosos enigmas da
Maçonaria prestigiar os trabalhos de sua Loja e órgãos, ou seja, entidades que
compõem a administração maçônica que estiver subordinado.
Prestigiar significa dar importância a algo. O
Maçom, pela sua qualidade, deve demonstrar sua importância pela
Ordem, ou seja, pelos seus membros, pela
Obediência e Loja de sua alçada.
Paradoxalmente, ao cumprir seus deveres, deve
exigir que seus direitos sejam observados.
A Maçonaria brasileira é
dividida, com prevalência da vaidade sobre a sobriedade, faltando a alguns
Irmãos tolerância, ética, comedimento, parcimônia, reserva e moderação no trato
da coisa maçônica. As cisões maçônicas foram originárias da intransigência.
O Brasil, salvo melhor juízo, é a
Nação com mais cizânia no mundo maçônico. O Irmão Gabriel Campos de Oliveira,
em trabalho amplamente divulgado no nosso meio, elencou mais de trinta movimentos dissidentes a maioria
motivados pela falta de comprometimento
de algumas lideranças.
Venho observando em vários
encontros promovidos no âmbito maçônico o quorum é baixo. Para ser honesto conheço Irmãos que nunca
comparecem a qualquer evento chancelado pela Obediência ou por algumas de suas
filiadas.
Testemunho, com pesar, que ao
desprestigiar a nossa associação alguns Irmãos praticam uma ação chamada
boicote, ou seja, não comparecem propositadamente as ações, atos ou
manifestações perpetradas por representantes legítimos do povo maçônico.
Devemos ter em mente que a
instituição Maçonaria é quem perde com estas atitudes mesquinhas. Os homens
passam e as instituições permanecem fortes ou enfraquecidas, dependendo do
cuidado que seus associados lhes dispensam.
Para que um Irmão exerça com plenitude
sua cidadania maçônica não deve somente observar seus direitos. Suas obrigações
também devem ser praticadas, estando neste contexto sua participação, salvo
motivo superior, nas atividades administrativas, culturais, filantrópicas e
sociais de sua jurisdição.
Se, eventualmente, um Companheiro
tiver alguma queixa de um determinado Obreiro ou de algum dirigente, esta
circunstância não deve influenciar na sua participação nos movimentos
maçônicos, afinal a Instituição está acima de qualquer querela.
Nas Potências, sejam simbólicas
ou filosóficas, existem fóruns apropriados para dirimir eventuais arguições. Portanto, não é necessário
realizar bloqueios dentro da Ordem, basta utilizar sua condição de cidadão
maçônico. No inciso XX do artigo 5º da nossa Carta Magna está determinado que:
“ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado.”
A nossa secular Instituição pugna
pelo aperfeiçoamento intelectual e moral da humanidade, por meio do cumprimento
inflexível do dever e da prática desinteressada da beneficência e da
investigação constante da verdade.
Lamentavelmente, presencio
adeptos que resistem em seguir a máxima contida no parágrafo acima, distorcendo
ou deformando manifestações promovidas por abnegados Maçons.
O Irmão que não aceita opiniões antagônicas e adota o posicionamento aqui
mencionado deve rever sua postura, devendo se conscientizar que somos obrigados
a enaltecer a virtude e evitar o mal, priorizando o “nós”, ou seja, os interesses da Irmandade os quais nos
comprometemos a segui-los e
defende-los.
Os recepcionados na Franco-maçonaria devem ter ciência que
qualquer forma de sectarismo é incompatível com a universalidade do espírito
maçônico.
Será que alguns iniciados, ao agirem de maneira tacanha, acreditam que estão ajudando
a Ordem a cumprir sua missão institucional?
Ser Maçom é proceder nos diversos campos de atuação humana de
maneira altruística, ética e fraterna.