Muito já foi
escrito como resposta a questão: Vós sois maçom? A começar com a distinção
desta questão da outra feita na forma: Tu és maçom? Onde as palavras vós e tu
são ocultadas.
Hoje, também,
vou dá a minha opinião, o meu acho. Mesmo sabendo do desespero que irei causar
naqueles que consideram o livre pensar na maçonaria como algo danoso. É comum a todos os maçons a afirmação de que o
lugar em que nos reunimos, semanalmente, é sagrado. Assim como o fato de que só
pode participar dos trabalhos maçônicos, em loja, aquele que é reconhecido como
maçom. O que vale dizer: reconhecido
como um homem que pode adentrar no lugar sagrado ao fazer maçônico.
Daí decorre
que a palavra ‘sagrado’ é fundamental na formação e na identificação do maçom.
Sendo assim, necessário se faz que deixemos claro o que o dicionário da língua
portuguesa define como sagrado. “Sagrado é aquilo ao que não se pode faltar;
que não se pode deixar de cumprir”. Logo ao sagrado está associado um sacrifício.
Portanto, sugiro trocar a questão primeira, que é de ordem subjetiva, por outra
de ordem objetiva: Qual o sacrifício exigido de um obreiro para ser reconhecido
como maçom?
A lista é grande,
a começar pelas condições sem as quais ele não poderia ter sido iniciado: ser
livre e de bons costumes. Mas como estas são apenas preliminares, proponho como
resposta duas simples obrigações ou sacrifícios: estar em dia com a tesouraria
da loja e participar regularmente, com frequência semanal, das sessões da loja
a qual o obreiro é filiado.
Parece pouco
apresentar estas obrigações como sacrifícios; até mesmo para muitos obreiros,
isto em verdade é um prazer. Entretanto, se estas obrigações forem cumpridas
pela maioria dos obreiros filiados a uma loja maçônica, esta não terá nenhum
problema em alcançar o objetivo pelo qual ela foi fundada. Entretanto, quando contemplamos às nossas
augustas oficinas o que vemos? Abundância de sacrifício ou escassez?
Respondo
pela qual sou filiado: no inicio do corrente ano tínhamos no quadro de nossa
oficina 75% de obreiros com o rótulo de irregular. O que vale dizer: não
compareciam as sessões da loja e nem contribuíam monetariamente. Portanto,
foram reconhecidos como obreiros irregulares. O que vale dizer: tendo o direito
suspenso de ser reconhecido como maçom aquele obreiro que não oferecia o seu
sacrifício à manutenção do sagrado.
Por fim:
quando fores indagado se sóis maçom, verifiqueis se estás em dia com os vossos
compromissos básicos com a loja, antes de responder que os maçons me reconhecem.
Melquisedec, Vale do Mirante, aos 10 dias do mês de junho do ano 2013 da revelação do nome de Deus.
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