sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Vós sois maçom?

Muito já foi escrito como resposta a questão: Vós sois maçom? A começar com a distinção desta questão da outra feita na forma: Tu és maçom? Onde as palavras vós e tu são ocultadas.

Hoje, também, vou dá a minha opinião, o meu acho. Mesmo sabendo do desespero que irei causar naqueles que consideram o livre pensar na maçonaria como algo danoso.  É comum a todos os maçons a afirmação de que o lugar em que nos reunimos, semanalmente, é sagrado. Assim como o fato de que só pode participar dos trabalhos maçônicos, em loja, aquele que é reconhecido como maçom.  O que vale dizer: reconhecido como um homem que pode adentrar no lugar sagrado ao fazer maçônico.

Daí decorre que a palavra ‘sagrado’ é fundamental na formação e na identificação do maçom. Sendo assim, necessário se faz que deixemos claro o que o dicionário da língua portuguesa define como sagrado. “Sagrado é aquilo ao que não se pode faltar; que não se pode deixar de cumprir”. Logo ao sagrado está associado um sacrifício. Portanto, sugiro trocar a questão primeira, que é de ordem subjetiva, por outra de ordem objetiva: Qual o sacrifício exigido de um obreiro para ser reconhecido como maçom?

A lista é grande, a começar pelas condições sem as quais ele não poderia ter sido iniciado: ser livre e de bons costumes. Mas como estas são apenas preliminares, proponho como resposta duas simples obrigações ou sacrifícios: estar em dia com a tesouraria da loja e participar regularmente, com frequência semanal, das sessões da loja a qual o obreiro é filiado.

Parece pouco apresentar estas obrigações como sacrifícios; até mesmo para muitos obreiros, isto em verdade é um prazer. Entretanto, se estas obrigações forem cumpridas pela maioria dos obreiros filiados a uma loja maçônica, esta não terá nenhum problema em alcançar o objetivo pelo qual ela foi fundada.  Entretanto, quando contemplamos às nossas augustas oficinas o que vemos? Abundância de sacrifício ou escassez?

Respondo pela qual sou filiado: no inicio do corrente ano tínhamos no quadro de nossa oficina 75% de obreiros com o rótulo de irregular. O que vale dizer: não compareciam as sessões da loja e nem contribuíam monetariamente. Portanto, foram reconhecidos como obreiros irregulares. O que vale dizer: tendo o direito suspenso de ser reconhecido como maçom aquele obreiro que não oferecia o seu sacrifício à manutenção do sagrado.

Por fim: quando fores indagado se sóis maçom, verifiqueis se estás em dia com os vossos compromissos básicos com a loja, antes de responder que os maçons me reconhecem.

Melquisedec, Vale do Mirante, aos 10 dias do mês de junho do ano 2013 da revelação do nome de Deus.

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